Oito homicídios em oito meses: Cacoal enfrenta escalada da violência em 2025 -

Cacoal, conhecida como a Capital do Café, vive um cenário preocupante em 2025. O município já soma oito homicídios registrados neste ano, sendo que metade dessas mortes ocorreu em apenas 15 dias, na segunda quinzena de agosto.

As investigações da Polícia Civil apontam que a maioria dos crimes tem relação com desavenças pessoais, cobranças de dívidas e brigas, evidenciando a complexidade dos casos e o desafio das autoridades em conter a violência.

Janeiro: ano começou marcado por tragédias

O primeiro homicídio do ano ocorreu em 6 de janeiro, quando Anderson Teodoro Gomes foi encontrado morto em uma construção. Os principais suspeitos, posteriormente presos, foram os mesmos que denunciaram a localização do corpo.

Pouco depois, em 13 de janeiro, Marcio Nunes Pimenta foi executado dentro da própria residência. Segundo as investigações, o crime foi motivado por uma discussão envolvendo uma motocicleta emprestada e não devolvida. O principal suspeito foi preso menos de seis horas após o crime.

Abril: violência retorna após meses de calmaria

Após três meses sem homicídios, Cacoal voltou a registrar casos em abril. No dia 13, Sidnei Souza de Castro foi morto a facadas após uma bebedeira. O suspeito se entregou dias depois.

No fim do mês, em 26 de abril, Rafael Xavier de Souza foi encontrado sem vida na Linha 7, zona rural de Cacoal. A cena do crime indicava execução: a polícia recolheu nove cápsulas de munição calibre 9mm no local.

Agosto: a escalada da violência

Agosto se consolidou como o mês mais violento do ano, com quatro homicídios em sequência.

15 de agosto: Murilo Kauan da Silva foi morto no bairro Green Ville, após cobrar uma dívida. O suspeito alegou legítima defesa.
17 de agosto: Valmi Duarte de Oliveira foi assassinado a facadas por um amigo durante uma festa de família, na zona rural.
26 de agosto: André Serafim foi brutalmente morto com golpes de martelo e machado no rosto, dentro de sua própria casa. O suspeito foi localizado e preso em uma área de mata.
30 de agosto: José Hilton foi executado com dois tiros na cabeça por um homem que chegou de moto ao local onde a vítima estava.

Desafio para as autoridades

Com oito homicídios em apenas oito meses, sendo quatro em um curto intervalo de 15 dias, Cacoal enfrenta uma onda de violência que preocupa moradores e autoridades. A Polícia Civil segue investigando os casos, enquanto a população cobra medidas mais eficazes para conter a criminalidade no município.