Emergência de R$ 1,7 Milhão Atrasada: Contrato Laboratorial em Cacoal Vira Novo Ponto de Crise na Saúde Estadual

Cacoal e região, incluindo São Francisco, enfrentam um novo capítulo de incertezas na saúde pública. Uma contratação emergencial de serviços laboratoriais, avaliada em R$ 1,7 milhão, está sob escrutínio após a empresa responsável, Laboratório de Análises Clínicas Arnaldo Oliveira S/A, solicitar e obter uma prorrogação para o início dos trabalhos. A situação levanta questionamentos sobre a urgência do contrato e a capacidade do governo estadual em garantir o atendimento essencial à população.

O Termo de Contrato n.º 608/2025/PGE-SESAU, assinado em 14 de julho de 2025, previa que a empresa começasse a atuar em até cinco dias, ou seja, até 19 de julho. No entanto, o laboratório solicitou, por meio de ofício, a prorrogação do prazo para o dia 31 de julho de 2025, alegando “razões técnicas e operacionais”, como a necessidade de adequação de uma unidade e o tempo de frete para os equipamentos.

A Secretaria de Estado da Saúde (SESAU), apesar de conceder a dilação do prazo, afirmou que irá iniciar um processo de apuração de responsabilidade, uma medida que reforça a natureza crítica da situação.

A Polêmica da Contratação Emergencial

A contratação, realizada sem licitação pública, foi justificada pela urgência de atender os hospitais Regional de Cacoal (HRC), de Urgência e Emergência Regional de Cacoal (HEURO) e Regional de São Francisco (HRSF). No entanto, o atraso no início dos serviços contradiz a própria natureza emergencial do contrato, gerando uma onda de críticas sobre a efetividade da gestão pública.

Especialistas e críticos do governo questionam por que uma empresa, contratada para uma situação de extrema necessidade, não estava plenamente preparada para iniciar suas atividades imediatamente. A concessão do prazo extra pela SESAU, ainda que com a promessa de investigação, é vista por muitos como um sinal de que o poder público estaria sendo leniente com as falhas contratuais, enquanto a população continua com o atendimento prejudicado.

A situação é um reflexo das tensões entre a burocracia estatal e a necessidade de respostas rápidas na área da saúde. Enquanto a população aguarda o início efetivo dos serviços, o caso se torna um novo foco de polêmica, com questionamentos sobre o rigor da fiscalização e a transparência nas contratações públicas de Rondônia.

Fonte: RO Acontece

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