Mulher é presa suspeita de mandar matar o próprio pai com feijoada envenenada no Rio

Uma mulher identificada como Michele Paiva da Silva, de 47 anos, foi presa nesta terça-feira (7), suspeita de ser a mandante do assassinato do próprio pai, Neil Corrêa da Silva, de 65 anos, morto em abril deste ano. Segundo a Polícia Civil, Michele teria financiado a vinda de uma amiga de São Paulo ao Rio de Janeiro para executar o crime, que teria sido cometido por envenenamento com uma feijoada.

De acordo com a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), Michele custeou a viagem de Ana Paula Veloso, moradora de Guarulhos (SP), até o Rio de Janeiro, com o objetivo de matar o pai. As duas mulheres estão presas.

Ligação com outros crimes

As investigações começaram após Ana Paula Veloso procurar uma delegacia em São Paulo para denunciar um suposto bolo envenenado em uma faculdade, alegando ser vítima de uma tentativa de homicídio. Durante a apuração, a polícia descobriu que, na verdade, ela havia armado a situação para incriminar outra pessoa.

“Ana Paula foi até a delegacia por causa de um suposto bolo envenenado dentro de uma faculdade. Ela colocou esse bolo para tentar incriminar uma terceira pessoa. Por esse inquérito, chegamos à conclusão de que Ana Paula não era vítima, mas sim uma serial killer”, afirmou o delegado responsável pelo caso.

A Polícia Civil afirma que Ana Paula é suspeita de ter matado quatro pessoas por envenenamento, incluindo Neil Corrêa da Silva, a mando de Michele.


Morte suspeita e exumação do corpo

Neil Corrêa da Silva passou mal horas após consumir uma feijoada e morreu no Hospital Adão Pereira Nunes, na Baixada Fluminense. Embora a certidão de óbito registre insuficiência respiratória aguda e parada cardiorrespiratória, a polícia suspeita de envenenamento.

Para confirmar a causa da morte, a Polícia Civil do Rio de Janeiro realiza nesta quinta-feira (9) a exumação do corpo de Neil, no Cemitério Memorial do Rio, em Cordovil.

O delegado Renato Martins, da DHBF, explicou ao jornal O Globo que já investigava o caso após denúncia de uma testemunha, quando recebeu informações da polícia paulista sobre a prisão de Ana Paula, apontada como autora de outros homicídios por envenenamento em São Paulo.


Provas e motivação

A quebra de sigilo telefônico, autorizada pela Justiça, revelou mensagens trocadas entre Michele e Ana Paula, nas quais elas discutiam a possibilidade de envenenar Neil com uma feijoada.

Segundo as investigações, pai e filha tinham um relacionamento conturbado. Michele e Ana Paula estavam na casa do idoso, em Duque de Caxias, quando ele passou mal e morreu horas depois.

Michele, que teve a prisão temporária decretada pela Justiça de São Paulo, negou envolvimento no crime e chorou ao chegar à delegacia.

Fonte: O Globo

Share this content:

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *