Inquérito do “Encontro de Cowboys” Revela “Salão de Beleza” como Empresa de Segurança e Outras Peculiaridades
O inquérito sobre a trágica morte do adolescente João Vitor, ocorrida durante o famigerado “Encontro de Cowboys” em Ouro Preto do Oeste, foi finalmente concluído pela Polícia Civil. O caso segue agora para o Ministério Público, que terá a nobre missão de apresentar a denúncia formal e, quem sabe, levar Márcio Renê – o homem apontado como autor do homicídio – ao crivo do Tribunal do Júri, onde sete cidadãos “leigos” decidirão o destino do “segurança”.
De acordo com o delegado Niki Locatelli, em entrevista exclusiva ao site OuroPretodoOeste.com, a apuração policial revelou um festival de irregularidades na contratação da segurança do evento. Preparem-se para a revelação bombástica: a empresa que firmou contrato com a associação organizadora tem como atividade principal… o ramo de salão de beleza! Sim, você leu certo. Um salão de beleza que, por uma dessas coincidências da vida, pertence ao próprio Márcio Renê. Ah, mas o CNPJ inclui uma atividade secundária de “promoção de eventos”. Conveniente, não? Só faltou a autorização para prestação de serviços de segurança privada, um mero detalhe burocrático, parece.
A trama fica ainda mais interessante. Foi constatado que o Márcio Renê possuía, de fato, uma empresa de segurança privada, mas ela foi encerrada em 2018. Atualmente, ele operava apenas como microempresário no setor de estética. Mas quem precisa de licença ou curso atualizado para ser segurança, não é mesmo? O delegado fez questão de frisar que Renê não tinha o curso necessário, nem vínculo com qualquer empresa legalizada para a função, contrariando a legislação brasileira. Detalhes, detalhes…
Resta saber agora se, além dos cortes de cabelo e das unhas feitas, a empresa de Márcio Renê também oferecia “segurança” com o mesmo nível de “profissionalismo” que levou à tragédia. O Ministério Público tem a palavra.
Fonte: RO Acontece/ OuroPretodoOeste.com
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