Homem vai à delegacia como testemunha e acaba preso por pensão alimentícia em Ouro Preto do Oeste

Um fato inusitado e polêmico chamou atenção em Ouro Preto do Oeste no último domingo (2). Um homem de 32 anos, que havia se apresentado à Polícia Militar para testemunhar em um caso de assédio e ato libidinoso, acabou sendo preso ao chegar à 1ª Delegacia de Polícia Civil, na UNISP local, após os policiais constatarem que havia um mandado de prisão em aberto contra ele.

Segundo informações, o homem — identificado apenas pelas iniciais C.H.O. — apresentou seus documentos para registro de qualificação, quando o policial plantonista verificou no sistema que ele possuía uma ordem de prisão expedida pela Justiça da Comarca de Alvorada do Oeste.

O mandado, datado de 7 de outubro e assinado pela juíza Ana Lúcia Mortari, determinava a prisão pelo não pagamento de pensão alimentícia referente a quatro filhos. A dívida em atraso, conforme o documento, seria de R$ 1.665,82, atualizada em 29 de julho de 2025.

Após ser levado ao Hospital Municipal para exame de corpo de delito, o homem foi encaminhado à Casa de Detenção da cidade.

O advogado de defesa afirmou ao Correio Central que o valor já havia sido quitado junto à ex-companheira do preso, mas que, possivelmente, o pagamento não foi comunicado à Defensoria Pública de Alvorada do Oeste. O profissional garantiu ainda que o caso será esclarecido durante a audiência de custódia marcada para esta segunda-feira.

No despacho judicial, a juíza ressaltou que “havendo o pagamento do débito alimentar, o devedor deverá ser posto imediatamente em liberdade, salvo se por outro motivo estiver preso”.

O caso repercutiu na cidade e gerou debate sobre possíveis falhas na comunicação entre o sistema judicial e as partes envolvidas, já que o homem, que deveria apenas testemunhar, acabou sendo surpreendido com a prisão no momento em que colaborava com a Justiça.

Fonte: RO Acontece/ Informações Correio Central

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