Estado grave de vítima de cárcere e tentativa de feminicídio leva à prisão de ex em Cacoal
Ex-namorado preso em Cacoal por tentativa de feminicídio e cárcere privado
Cacoal, RO – Cleiton da Costa Barbosa foi preso preventivamente nesta terça-feira (15) em Cacoal, Rondônia, sob as acusações de tentativa de feminicídio e sequestro e cárcere privado de sua ex-namorada, identificada pelas iniciais A. C. L. Os crimes, enquadrados na Lei Maria da Penha, teriam ocorrido entre os dias 11 e 12 de abril de 2025.
A prisão de Cleiton, realizada pela Delegacia de Homicídios e Delegacia da Mulher, aconteceu na residência de um familiar no bairro Santo Antônio. No momento, o suspeito está sendo interrogado na delegacia de Polícia Civil de Cacoal sobre as agressões e a motivação do crime.
Segundo a representação do Ministério Público, Cleiton invadiu a casa da vítima, durante a madrugada e a atacou com violência. A vítima teria sido mantida em cárcere privado por cerca de dois dias, sofrendo agressões físicas e psicológicas constantes que a impossibilitaram de pedir ajuda ou contatar seus familiares.
As agressões só cessaram com a chegada de familiares da jovem, permitindo que ela fosse socorrida e Cleiton fugisse do local. A mãe da vítima relatou que a filha está hospitalizada com dificuldades de locomoção, impossibilidade de abrir os olhos e problemas na fala, em decorrência da brutalidade do ataque. A vítima relatou ter sido acordada pelo ex-namorado com puxões e agressões.
A decisão judicial que decretou a prisão preventiva ressaltou a gravidade dos fatos, a alta periculosidade do acusado – que interrompeu a violência apenas com a chegada de um familiar – e sua fuga do distrito da culpa. Fotografias anexadas ao processo evidenciam o grave estado físico da jovem após as agressões. Além disso, Cleiton possui histórico de violência doméstica, com diversas medidas protetivas de urgência solicitadas por outras vítimas e condenações anteriores por crimes semelhantes.
Para a Justiça, ficaram comprovados os requisitos para a prisão preventiva: o fumus comissi delicti (prova da materialidade e indícios de autoria) e o periculum libertatis (risco à ordem pública e à aplicação da lei penal). A decisão destacou o modus operandi violento do agressor, que espancou e manteve a vítima em cárcere privado, além de seu histórico de violência contra mulheres.
A fuga de Cleiton após o crime também foi um fator determinante para a decretação da prisão, visando garantir a aplicação da lei penal. O Ministério Público se manifestou favoravelmente à prisão preventiva, concordando com os argumentos apresentados.
Com a prisão efetuada, o caso segue em investigação pela Polícia Civil de Cacoal para apurar todos os detalhes da violência sofrida pela vítima e responsabilizar o agressor.
Fonte: RO Acontece
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