Deputado Eyder Brasil se posiciona contra abertura da CPI da Saúde em Rondônia e gera polêmica na ALE-RO

Uma forte polêmica marcou a sessão da Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO) nesta terça-feira (09), após o deputado estadual Eyder Brasil (PL) se posicionar contrário à abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a saúde pública do estado. A proposta, defendida pelo deputado Rodrigo Camargo (Republicanos), busca apurar supostas irregularidades na gestão hospitalar e no uso de recursos públicos, com destaque para a situação crítica do Hospital João Paulo II, em Porto Velho.

Durante o discurso, Eyder Brasil — conhecido por sua aliança política com o governador Marcos Rocha (União Brasil) — demonstrou estar satisfeito com a atual situação da saúde no estado, minimizando as denúncias apresentadas pelo Tribunal de Contas (TCE-RO) e por outros parlamentares. O posicionamento foi visto por opositores como uma tentativa de proteger o governo estadual de uma investigação mais profunda.

Enquanto isso, Rodrigo Camargo intensificou a pressão, cobrando transparência e responsabilização. Em um pronunciamento contundente, ele protocolou oficialmente o pedido de abertura da CPI e exigiu que a votação fosse nominal, para que a população saiba quais deputados estão a favor ou contra a investigação.

“Eu solicito que seja feito o chamamento nominal e que a população veja quem realmente se importa com a vida das pessoas. O Tribunal de Contas está fazendo o trabalho que deveria ser da Assembleia. Se esta Casa se importa com os rondonienses, é hora de agir,” declarou Camargo.

Nos bastidores, a resistência de Eyder Brasil em apoiar a CPI é interpretada como um movimento político para blindar a gestão de Marcos Rocha, uma vez que denúncias recentes apontam falhas graves na estrutura do Hospital João Paulo II, além de suspeitas de má aplicação de recursos destinados à saúde.

A postura do deputado gerou forte repercussão negativa nas redes sociais, com críticas de lideranças comunitárias, profissionais da saúde e usuários do sistema público. Muitos classificaram como “inaceitável” a recusa em investigar possíveis irregularidades em um setor que enfrenta filas de atendimento, superlotação e falta de insumos básicos.

Agora, a abertura da CPI depende da coleta de assinaturas suficientes para ser instalada. Caso aprovada, a comissão poderá convocar autoridades, requisitar documentos e aprofundar a apuração sobre os gastos e a qualidade dos serviços prestados na saúde pública de Rondônia.

Enquanto isso, a pressão popular sobre os parlamentares deve aumentar nos próximos dias, uma vez que a população acompanha com atenção a disputa política que pode definir os rumos da saúde no estado.

Fonte: RO Acontece

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