Uma grave denúncia sobre a precariedade no atendimento do Hospital Heuro, em Cacoal, voltou a acender o alerta sobre a crise na saúde pública de Rondônia. Em vídeo gravado na tarde desta quarta-feira (8), às 16h, uma moradora identificada como Lucinéia Santos Arbinato relatou o cenário dramático vivido dentro da unidade hospitalar: apenas um enfermeiro estaria responsável por atender 28 pacientes ao mesmo tempo.
“Estamos aqui no Heuro e a realidade é a mesma do João Paulo II. Pacientes jogados pelos corredores. É desumano”, afirmou Lucinéia, que acompanha a irmã Lucilene, internada há 34 dias.
As imagens mostram corredores lotados e pacientes em macas improvisadas, enquanto familiares expressam indignação com o descaso. Segundo os relatos, falta estrutura, profissionais e agilidade nos atendimentos, o que estaria comprometendo a recuperação dos internados.
Durante a visita, uma autoridade de saúde – cuja identidade não foi oficialmente confirmada – reconheceu a gravidade da situação e prometeu providências. “O pessoal daqui tem literalmente tirado leite de pedra. O problema não é da direção do hospital, é do Estado. Eu vou pessoalmente cobrar em Porto Velho para que o exame e a internação da sua irmã sejam resolvidos o mais breve possível”, afirmou.
A situação também chamou a atenção do deputado estadual Rodrigo Camargo, que esteve no local e pôde constatar de perto o caos instalado no hospital. Em suas redes sociais, o parlamentar relatou:
“Durante fiscalização no Hospital Regional de Urgência e Emergência (Heuro), em Cacoal, encontrei salas superlotadas, pacientes nos corredores e falta de materiais básicos. Médicos e enfermeiros trabalham no limite, sem estrutura adequada para atender a demanda.
A realidade é dura: a saúde de Rondônia está em colapso. Falta gestão eficiente e respeito com quem mais precisa — o cidadão.
Continuarei fiscalizando e denunciando o que o Governo tenta esconder. A população merece saber a verdade.”
O episódio reacende o debate sobre a falta de investimento e de gestão na rede pública de saúde, especialmente nas unidades de média e alta complexidade. A comparação com o Hospital João Paulo II, em Porto Velho — conhecido por suas constantes denúncias de superlotação — revela um problema estrutural e crônico que persiste há anos em Rondônia.
Enquanto isso, pacientes e familiares seguem esperando que promessas se transformem em ações concretas.
Veja o vídeo abaixo:
Fonte: RO Acontece
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