Alerta em Cacoal: Crianças Pagam o Preço por Plantões Fantasmas de Cirurgiões Pediátricos
A saúde pública de Cacoal (RO) mergulha em um abismo de questionamentos e indignação. Uma denúncia explosiva, que chegou à nossa redação, escancara uma conduta no mínimo estarrecedora: cirurgiões pediátricos, pagos para estarem de prontidão no hospital público da cidade, estariam descumprindo seus plantões presenciais para se refugiarem no conforto de hotéis. A alegação é grave: enquanto crianças aguardam por socorro urgente, profissionais da saúde deveriam estar à beira do leito, mas supostamente preferem o repouso distante da emergência.
Se a denúncia se confirmar, o cenário é de um descaso brutal com a vida de pacientes mirins. A cirurgia pediátrica lida com a fragilidade da infância, onde cada segundo pode ser crucial. A ausência de um médico especialista no momento crítico pode significar a diferença entre a vida e a morte. Como pais e responsáveis podem confiar em um sistema que, aparentemente, negligencia a presença vital desses profissionais?
Os relatos que nos chegaram pintam um quadro ainda mais sombrio. Além da suposta ausência nos plantões presenciais, os cirurgiões pediátricos estariam submetidos a jornadas exaustivas de 6 a 7 dias consecutivos em regime de 24 horas. Uma rotina desumana que levanta sérias dúvidas sobre a qualidade da assistência prestada. Um profissional exausto, física e mentalmente, pode oferecer o melhor cuidado para uma criança em estado delicado? Essa prática, já denunciada anteriormente pelo site Rondônia Político com base em documentos oficiais, expõe uma sobrecarga perigosa e um possível desprezo pela segurança dos pacientes.
A grande interrogação paira sobre a Secretaria de Estado da Saúde de Rondônia (SESAU). Como um órgão de controle permite que uma unidade hospitalar opere sob essa aparente desordem? Há supervisão? Fiscalização? Ou a saúde de Cacoal foi abandonada à própria sorte? Se a denúncia for comprovada, a SESAU terá que responder a uma pergunta incômoda: quem arcará com a responsabilidade caso uma criança perca a vida pela falta de um atendimento médico imediato?
O clima nos bastidores do hospital, segundo relatos de servidores que preferem o anonimato por medo de represálias, é de coação e silêncio forçado. O medo paira no ar, alimentando a sensação de impunidade e de um sistema que protege os negligentes em detrimento dos necessitados.
A direção do hospital foi procurada para se manifestar sobre as graves acusações, mas até o fechamento desta matéria, o silêncio foi a única resposta. E, em casos como este, o silêncio ensurdecedor fala por si só.
A denúncia que recebemos, acompanhada de registros que comprovam as alegações, será formalmente encaminhada aos órgãos de controle e fiscalização competentes. A sociedade de Cacoal e de Rondônia exige respostas. É inaceitável que a saúde de suas crianças seja tratada com tamanha leviandade, caso as denúncias se confirmem. A verdade precisa vir à tona, e os responsáveis, se houver, devem ser responsabilizados. A vida de cada criança importa, e a negligência não pode ser tolerada.
Fonte: RO Acontece
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